Mais uma eliminação gremista, mais um um ano sem nada. Mais um replay do Grêmio dos últimos 11 anos. to sem condições de escrever, então, vi um texto que resumi bem o jogo de hoje.
Por David Coimbra.
Quando o Grêmio venceu esse frágil time colombiano só por 1 a 0, no
Olímpico, escrevi: "O resultado foi ótimo. Para o Millonarios".
Então, não é que eu queira dizer que "eu disse", mas eu disse.
O Grêmio foi à Colômbia para não ganhar e atingiu seu objetivo: não
ganhou. Até começou o jogo bem arrumado, com os jogadores próximos uns
dos outros, facilitando o passe, mas teve a infelicidade de marcar um
gol no início. Aquele gol tão cedo foi péssimo para o Grêmio, porque o
Grêmio acreditou que, a partir daí, era só esperar o tempo passar. O
outro time, porém, não estava esperando o tempo passar. O outro time
estava jogando bola.
O Grêmio não. O Grêmio era um time encaramujado. Os dois laterais
eram zagueiros que se somavam aos dois zagueiros. Na frente desses
quatro, na prática, havia quatro volantes. Na articulação, pela
esquerda, só Zé Roberto. Na frente, só Moreno. Era um esquema covarde.
Um esquema de quem não queria jogo. Bem, o Grêmio não jogou. O time do
Grêmio é até melhor do que esse precário Millonarios, mas a eliminação
foi merecida. Porque um time que não pisa no campo para jogar tem mais é
que parar de jogar.
O time do Grêmio é mediano, e sua classificação no Brasileiro não
altera esse fato. É muito fácil ganhar o Campeonato Brasileiro, porque
não é preciso ser bom time para vencer na fórmula de pontos corridos. O
campeão, Fluminense, também não passa de um time médio. Mas jogar
decisão não é para qualquer um. Jogar decisão é para vencedores, para os
grandes, para os que não têm medo. O Grêmio teve medo em Bogotá. E
perdeu. Tinha mesmo de perder.
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